Em silêncio, filho de Silval deixa delegacia e fica preso no mesmo local que pai

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Segunda, 25 Abril 2016 | FolhaMax
O médico Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), deixou a sede da Delegacia Fazendária por volta das 15h40 desta segunda-feira. Encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para fazer exames antes de dar entrada no sistema prisional, ele será levado ao Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), onde cumprirá prisão preventiva. No mesmo local, o ex-governador cumpre prisão preventiva desde o dia 17 de setembro.

Ao deixar a Delegacia Fazendária, Rodrigo não teceu declarações a imprensa, apesar de ser cercado por vários jornalistas e cinegrafistas. Sem algemas, ele se dirigiu escoltado por policiais civis para a caminhonete da Polícia Civil.

Rodrigo foi preso na manhã de hoje no Centro Empresarial Paiaguás, na avenida do CPA. O prédio comercial abriga o grupo empresarial do seu pai, que envolve empresas de mineração e de comunicação no interior do Estado. No local, ainda foi cumprido mandado de busca e apreensão.

As informações são de que ele ficou em silêncio durante o interrogatório. Ao chegar na delegacia, o advogado Válber Melo já tinha adiantado esta estratégia.

Válber informou que o médico não havia sido citado sobre a investigação e não tinha conhecimento dos motivos da prisão.

De acordo com a Polícia Civil, a prisão de Rodrigo é consequência da terceira fase da “Operação Sodoma”, deflagrada no dia 22 de março. Ele foi apontado como membro ativo da organização criminosa e um dos beneficiários de propina paga por empresários a membros do Governo.

Na ocasião, foram presos o ex-secretário de Administração, Pedro Elias Domingos, o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio César Correa Araújo, e ainda o ex-adjunto de Administração, José Jesus Nunes Cordeiro. O ex-governador teve outro mandado de prisão expedido nesta fase da operação.

A principal suspeita é de que a prisão de Rodrigo tenha sido embasada na delação premiada do ex-secretário Pedro Elias. Ele foi solto cerca de 10 dias depois da prisão, após firmar termo de colaboração com o Ministério Público.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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