Mil e duzentos mortos recebem salários em Mato Grosso
A Controladoria Geral do Estado, sob Ciro Rodolpho Gonçalves, identificou em uma auditoria na Secretaria de Estado de Administração (SAD), o pagamento de aproximadamente R$ 16 milhões para mais de 1,2 mil funcionários públicos que já teriam falecido. O levantamento, segundo o titular da pasta, buscou o período entre os anos de 2013 e 2015.
“Foi o que levantamos na auditoria da SAD. Essas medidas são, entre outras finalidades, para economizar recursos”, disse Gonçalves à reportagem. Pagamentos de benefícios e indenizações, somados aos gastos com os servidores mortos, Mato Grosso sofreu um desfalque de aproximadamente R$ 29 milhões. Destes, R$ 5 milhões foram reavidos pelo Estado depois da medida de recadastramento do funcionalismo público ordenada pelo governador Pedro Taques (PSDB).
Segundo o levantamento, outros R$ 4,1 milhões foram gastos de forma irregular no pagamento de adicional por tempo de serviço. Além deste, R$ 8,8 milhões foram empregados de forma escusa para o pagamento de licenças prêmios e férias.
Para contornar a retração econômica, Taques e seu staff vem realizando diversas ações. Como exemplo do que ocorreu em 2015 quando ocorreu a extinção de mais de mil cargos comissionados na reforma administrativa, gerado uma economia de mais de R$ 45 milhões por ano. Para isso, o governador tem empenhado suas secretarias para que realize o recadastramento de servidores públicos, prova de vida dos aposentados, controle e gestão de assiduidade dos funcionários públicos. Novas realizações de controle de pessoal deverão ser feitas ainda este ano.