Cinco são presos em operação contra fraudes na Educação de MT
Cinco pessoas foram presas durante a Operação Rêmora, do Gaeco, deflagrada na manhã desta terça-feira (3) em Mato Grosso, para combater um esquema de fraudes em licitações da Secretaria de Estado de Educação. Três estavam com a prisão preventiva decretada pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá por suspeita de participação nos crimes, e outras duas, que tinham contra si mandados de condução coercitiva, acabaram presas em flagrante por porte ilegal de arma.
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Gaeco faz operação contra fraudes em licitações na Educação de MT
Um servidor da Secretaria de Estado de Educação, suspeito de participar do esquema, também teve a prisão preventiva decretada, mas está foragido.
A operação investiga licitações de reformas em escolas que teriam sido fraudadas desde outubro de 2015. Pelo menos 23 obras, totalizando mais de R$ 56 milhões, estariam com irregularidades. O esquema teria a participação de servidores da pasta e de empresários donos de construtoras.
Dos 22 mandados de busca e apreensão, três ainda não foram cumpridos pelo Gaeco, sendo todos no interior do estado. Os presos foram levados para prestar depoimento na sede do Grupo de Combate ao Crime Organizado, na capital.
Foram presos preventivamente na operação os servidores da Seduc Fábio Frigeri e Moisés da Silva, e o empresário Giovani Guizardi, dono da construtora Dínamo - apontado como a pessoa responsável por arrecadar a propina paga pelos empreiteiros. O também servidor Wander dos Reis, que está com a prisão preventiva decretada, ainda não foi preso.
Os empresários Moises Feltrin (que também é ex-deputado estadual) e Joel Fagundes Filho, que estavam com mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão decretados, acabaram presos em flagrante por porte ilegal de arma.
No total, a 7ª Vara Criminal expediu 39 ordens judiciais, sendo 4 de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva em Cuiabá, Várzea Grande, na região metropolitana, Sinop, Rondonópolis e Juína.
De acordo com o Gaeco, participavam do esquema servidores e empresários. Os funcionários públicos recebiam informações privilegiadas sobre as licitações e organizavam reuniões com empreiteiros para fraudar a livre concorrência do processo licitatório.
Outro lado
Por nota, o governo de Mato Grosso disse que pediu para Delegacia Fazendária abrir investigação sobre o caso, após ter recebido denúncia de irregularidades nas licitações. Já a construtora Dínamo não atendeu as ligações da reportagem. O G1 não localizou os advogados de Moisés Feltrin e Joel Fagundes Filho.