Taques redobrará controle, mas diz ser impossível acabar com corrupção
O governador Pedro Taques (PSDB) reconheceu nesta quarta-feira que mecanismos de controle que poderiam evitar a corrupção em sua gestão não funcionaram corretamente. Ele chegou a esta conclusão e classificou a “Operação Rêmora”, que apura fraudes em licitação na Secretaria de Educação com um misto de “tristeza e alegria”. “Fato de ontem, para mim e todos os cidadãos de bem, é um misto de tristeza e alegria, como sempre digo. Tristeza porque os nossos mecanismos de controle ainda não estão no momento correto para evitar acontecimentos como esse. Não digo que houve erro, porque se houve corrupção, houve crime”, declarou.
Taques destacou o trabalho das instituições de controle, que possibilitam o combate a corrupção. “A alegria que sinto é porque as instituições estão funcionando. Quero parabenizar o Ministério Público, a Delegacia Fazendária, o Gaeco e o Gabinete de Transparência e Combate a Corrupção que comunicou o fato”, observou.
O chefe do executivo destacou que buscará ter acesso aos autos para identificar onde ocorreu o erro de fiscalização por parte do controle do Governo. “Existiram falhas sim de controle. Nós precisamos identificar para que isso não ocorra. Já estamos trabalhando no sentido de superar”, falou.
Eleito senador e governador tendo como principal bandeira o combate a corrupção, Taques admitiu que será impossível exterminar o problema dos órgãos públicos. “Tenho 22 anos de vida profissional em que combato a corrupção. Nunca tive a pretensão de acabar com a corrupção. O ideal seria isso”, colocou.
O governador afirmou que sempre admitiu existir corrupção na gestão e que seu foco será sempre combater o mal. “É quase impossível não ter corrupção. A questão não é ter a corrupção, mas é combater a corrupção”.
SAÍDA DE PERMÍNIO
Apesar de considerar o secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB), como inocente em relação ao esquema, o governador explicou que aceitou o pedido de afastamento para garantir estabilidade política na pasta. “Eu sou o governador do Estado e tenho que tomar decisões políticas. Eu acredito na inocência do Permínio e confio nele. Quero louvar a ação do Permínio em colocar o cargo a disposição e eu politicamente aceitei”, assinalou.