Contrários a adoção das parcerias privadas, grupo de estudante ocupa escola estadual de MT
Um grupo de estudantes ocupou por volta das 20h, de domingo, 22, a Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, em Várzea Grande. Os alunos se mobilizaram em protesto contrário a implantação de Parcerias Públicos Privadas em escolas da rede estadual. Na última semana, foi publicado em Diário Oficial a medida apontada apontada como uma forma de gerar economia e permitir que o Estado possa investir em empreendimentos uma vez que, de outra forma, não poderia arcar com os custos em curto prazo.
A ideia, a exemplo do que aconteceu em São Paulo, é ampliar o protesto a outras unidades de ensino do Estado. No total, são cerca de 750 escolas estaduais que abarcam cerca de 400 mil alunos. Além do protesto dos alunos, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) realiza na tarde de hoje, a partir das 14h, assembleia para deliberar sobr uma possível paralisação. A categoria também se mostra desfavorável a adoção das parcerias privadas.
Para o Governo do Estado, as PPPs permitem que o Estado contrate o setor privado com pagamentos feitos em longo prazo, com contratos de cinco a 35 anos e, no fim, torne-se o dono definitivo do bem.
O argumento dos estudantes é quanto à falta de diálogo sobre a adoção da medida. A ideia defendida é de que a comunidade não pode manter-se inerte às propostas colocadas em execução. Uma carta assinada pela Associação dos Estudantes (AME) e com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) expõem que outro fator trata-se do sucateamento da educação pública. Os alunos, em rede social, garantiram que "vai ter luta!".
“O projeto de PPP (Parceria Público-Privada) que visa desmontar a educação pública, com o intuito de garantir mais lucros aos insaciáveis barões dos grupos da educação privada, terceirizando a educação pública em todos os aspectos desde a gestão até as práticas de ensino.
Por estas razões decidimos agir por nós mesmos, para repudiar toda ação deste governo estadual que tem por meta privatizar a educação pública. Estamos lutando por uma escola de equidade, de qualidade, uma escola da DIVERSIDADE para que ela seja um espaço democrático e plural e que reúna nela todos os nossos sonhos”, diz trecho do documento.