Bandidos pedem "a cabeça do governador" e ameaçam novos ataques
A Polícia Civil está investigando vários áudios referente à onda de crimes que varreu Cuiabá e Várzea Grande na noite desta sexta-feira (10). Em um deles, um jovem afirma que a população não deve sair de casa durante o fim de semana, principalmente os pais de família, porque haverá uma nova onda de ataques e violência.
Já em outro áudio compartilhado milhares de vezes no Whatsapp, a voz, que parece que ser do mesmo rapaz, avisa a “gurizada do Pedregal, Osmar Cabral e Várzea Grande”, que a determinação é para não queimar mais ônibus, e sim matar quaisquer agentes de segurança pública da Capital e Várzea Grande.
O jovem ainda disse que o comando quer a “cabeça do governador para mostrar quem é que manda na região. É para pegar ele onde ele estiver”.
INVESTIGAÇÃO
Conforme a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), desde a noite de sexta-feira, as forças de segurança pública seguem em investigação após os ataques à ônibus registrados. O reforço policial nas duas cidades se estenderá durante todo o final de semana.
Todas as unidades especializadas foram mobilizadas. Mais de 100 viaturas percorreram as ruas e avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). A operação ainda segue em andamento.
Até a meia-noite, 10 suspeitos haviam sido presos. Entre eles, um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), Reginaldo Aparecido de Brito, o "RG", apontado como o mentor da onda de ataques.
Agora a polícia investiga se os ataques seriam uma retaliação às consequências da greve dos agentes do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), que provocou a interrupção das visitas nos presídios e do banho de sol dos detentos. A paralisação da classe se deve ao pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).