Educadores de Jangada se juntaram aos profissionais de 84 municípios de MT que estão em greve na quadra da Escola Estadual Presidente Médice em Cuiabá. O enorme grupo formado por três categorias ligadas à Educação decidiu, na ultima terça-feira (12), manter a greve que já se estende por 42 dias.
Os servidores da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), do Sindicato dos Tecnicos da Educacao Superior (Sintesmat) e do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) alegam que têm outras reivindicações além do pagamento integral da Revisão geral Anual (RGA) de 11,28%.
Na última semana, o secretário de Educação (Seduc), Marco Marrafon, encaminhou nova proposta para os servidores do Sintep oferecendo alternativas para o atendimento às reivindicações da categoria, que busca o pagamento da RGA, concursos públicos na Educação e a não-implementação da Parceria Pública Privada (PPP) nas escolas estaduais.
A oferta do governo encaminhada prevê um cronograma para concursos públicos e limita as PPPs à parte estrutural das unidades escolares. Ou seja, não haveria PPP para os serviços considerados 'não-pedagógicos', como merenda e faxina das escolas.
“A oferta feita pelo governo teve avanço em apenas um dos três itens prioritários na nossa pauta, que foi o calendário de concursos. Os outros dois pontos não tiveram melhoria nenhuma. Queremos a suspensão total da PPP nas escolas, pois entendemos que esse pacote de serviços oferecidos pelo setor privado vai gerar impacto na estrutura pedagógica do ensino”, afirmou o presidente do Sintep, Henrique Lopes.
Sem acordo, a categoria aguarda uma nova proposta por parte do secretário e a paralisação segue por tempo indeterminado.
A greve teve início no dia 1º de junho, com adesão de 30 categorias do Fórum Sindical. Contudo, o movimento paredista foi perdendo forças após a aprovação da Lei para o pagamento da RGA 2016, junto com uma série de decisões judiciais que decretaram a ilegalidade dos movimentos grevistas.
Apesar de ter retornado ao trabalho, o Fórum Sindical afirma que “a luta continuará com outras pautas igualmente importantes”. Algumas categorias recorreram à justiça para buscar o recebimento da recomposição integral.