Dois policiais civis foram presos nessa terça-feira (15) suspeitos de terem extorquido um empresário em R$ 30 mil em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, a investigação começou com o recebimento de uma denúncia pela Corregedoria de que os policiais foram na empresa e teriam exigido dinheiro.
O empresário é dono de oficina e não teve o nome divulgado.
Os policiais foram identificados como Leonel Virgolino Pacheco, de 41 anos, e Juracy Campos de Aguiar, de 49 anos. Eles são lotados na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva).
O G1 tenta localizar os advogados dos dois servidores. Eles devem ser ouvidos pela polícia.
A prisão dos policiais foi feita pela Corregedoria-Geral da instituição e pelo Grupo de Operações Especiais (GOE).
Eles vão responder pelo crime de concussão (ato de exigir para si ou outrem vantagem indevida em razão da função exercida, direta ou indiretamente), praticado contra o empresário em Várzea Grande.
A investigação teve início com o recebimento de uma denúncia pela corregedoria de que os profissionais foram a uma empresa em Várzea Grande onde teriam exigido dinheiro.
A equipe policial apurou que o empresário foi procurado por dois policiais no dia 7 de outubro e que exigiram a quantia de R$ 30 mil. Os policiais alegaram que a cabine de um veículo comprado pela empresa não teria documentos. A vítima alegou à polícia que o veículo era regularizado.
A vítima negociou com os policiais informando que somente poderia pagar R$ 5 mil, sendo R$ 3 mil no momento e o restante posteriormente.
A condição foi aceita pelos policiais e ficou acertado que os servidores buscariam o restante no dia 15 de outubro.
Em horário combinado, vítima e policiais se encontraram em um posto de combustíveis em Várzea Grande, momento em que foi entregue o valor de R$ 2 mil aos policiais.
As cédulas foram fotografadas pela vítima e entregues à equipe da corregedoria, que abordou os policiais próximos do bairro Santa Izabel, em Várzea Grande, logo após a entrega do dinheiro.
Com eles foram apreendidos 40 cédulas de R$ 50 que são os mesmos dos números de séries das notas fotografadas pela vítima.
Os dois investigadores foram encaminhados a uma unidade policial e ficarão à disposição da Justiça.