A quadrilha desbaratada na “Operação Deleveryman” comercializava entorpecentes com preço “acima do mercado”. O motivo, segundo a Delegacia de Repressão ao Entorpecente, é o fato da maioria dos consumidores terem alto poder aquisitivo e comprarem a droga no modelo “disque entrega”.
Ao todo, a DRE cumpriu oito mandados de prisão preventiva, 16 de busca e apreensão, além de bloqueios de R$ 50 mil e automóveis dos suspeitos. Os presos são: Douglas Guilherme Silveira Chaves de Moraes, Tainara da Costa Barbosa, Irlan Oliveira do Nascimento, Édson Silva de Almeida, Ruan Júnior Botelho da Silva, Natasha Montiny Barbosa da Cruz e Franquis Paulo dos Santos, conhecido como Coxa.
Uma das estratégias da quadrilha era se utilizar de garotas de programa para fazerem a entrega de entorpecentes. Segundo o delegado Victor Hugo Teixeira, neste caso os clientes agendavam programas sexuais e também a compra da droga. “A pessoa que iria fazer o programa já entregava o entorpecente a este cliente, geralmente em motéis”, frisou.
Outros pontos de entrega de drogas eram condomínios de luxo na Capital e ruas do Centro Político Administrativo. Apesar de ser local de órgãos públicos, as drogas eram entregues nas ruas do CPA e não há comprovação de que clientes sejam servidores. “Era o ponto marcado de entrega, mas não passamos informações sobre usuários”, frisou.
O delegado destacou que a entrega do entorpecente era feita na modalidade “disque droga”. “Geralmente, os usuários ligavam ou encomendavam a droga por WhatsApp. Esse entorpecente era entregue nos locais combinados”, contou o delegado que explicou que as investigações começaram em julho deste ano, com uma apreensão de drogas.