O governo do Paraná informou, na manhã desta segunda-feira (20), que colocou equipes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Departamento Penitenciário do estado para ajudar na captura dos presos de uma facção brasileira que fugiram da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na madrugada de domingo (19).
O presídio fica na fronteira de Ponta Porã (Mato Grosso do Sul) e 76 integrantes do do Primeiro Comando da Capital (PCC) escaparam da unidade por um túnel. Entre os fugitivos, 40 são brasileiros e 36 são paraguaios.
As autoridades paraguaias investigam se houve uma rede de corrupção que facilitou a fuga dos presos.
A imprensa local informou no domingo que 30 agentes de segurança foram presos, mas as autoridades paraguaias não confirmaram essa informação. O Bom Dia Brasil informou que os detidos prestam depoimento na manhã desta segunda-feira (20).
Um brasileiro foragido de 30 anos foi recapturado. O Departamento de Operações da Fronteira (DOF), no Brasil, informou que ele é de Imperatriz (MA) e cumpria pena no presídio regional por tráfico de drogas há quatro anos.
Entre os demais presos, estão o brasileiro Timóteo Ferreira, apontado como líder da facção dentro do presídio, e seis supostos integrantes do grupo de matadores de aluguel "Minotauro", ligado ao narcotráfico.
Como aconteceu a fuga
O Ministério Público do Paraguai informou que vídeos das câmeras de segurança do presídio mostram uma movimentação intensa desde as 4h do domingo. Para a procuradora Reinalda Palacios, é impressionante que os guardas não tenham agido diante das imagens que tinham à disposição.
A maior parte dos presos estava em um piso superior e um grupo estava no térreo, onde o túnel foi cavado. Para ter acesso ao piso inferior, os detentos devem passar por um portão, que deve permanecer trancado.
O que chamou a atenção dos promotores foi que esse portão estava trancado no momento em que Ministério Público foi visitar o local após a fuga.