O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça a interdição da Cadeia Pública de Diamantino, a 209 km de Cuiabá, determinando o isolamento dos presos com diagnóstico positivo para a Covid-19, após 44 terem teste positivo da doença.
Também foi solicitado à direção da Cadeia Pública de Diamantino a segregação dos reeducandos que apresentaram diagnóstico para Covid-19, mediante remanejamento nas celas.
Segundo o relatório médico, até esta semana, nenhum dos presos avaliados encontra-se com quadro clínico crítico, sendo indicados apenas o tratamento e acompanhamento médico ambulatorial.
De acordo com a promotoria, o que chamou a atenção foi o fato de que os dois reeducandos para os quais há diagnóstico seguro, estão detidos na cela 01, com mais outros oito presos.
Desta forma, o pedido afirma que os protocolos de segurança não foram adequados ou não foram devidamente observados pelos policiais penais da Cadeia Pública de Diamantino.
A interdição é uma medidas emergencial para resguardar a saúde dos reeducandos, iniciando-se pela solicitação de prisão domiciliar para todo aquele que se encontrar em situação de risco, como os que tem mais de 60 anos, diabéticos, hipertensos, portadores de insuficiência renal crônica, doença respiratória crônica, doença cardiovascular, câncer, doença autoimune ou outras afecções que deprimam o sistema imunológico e gestantes e lactantes.
A promotoria cita, ainda, que a maioria dos exames laboratoriais realizados nos reeducandos se limitou a testes rápidos, promovidos pelo próprio município, e, por isso, ainda não há perspectiva de diagnóstico seguro.