Durante cumprimento de mandados judiciais nesta quinta-feira (20), agentes da Polícia Federal já apreenderam R$ 76 mil em espécie com os investigados. O valor pode ser bem maior, já que as diligências ainda estão em andamento.
Somente com o secretário de Administração, Finanças e Planejamento, Luís Carlos Henrique, os policiais apreenderam cerca de R$ 50 mil, além de joias. Ele é um dos alvos da Operação Padrino, que apura um esquema de fraudes a licitações e desvio de recursos públicos no município de Araputanga (345 km de Cuiabá).
Conforme a PF, também é investigada a emissão de notas fiscais “frias” por empresas envolvidas no esquema de corrupção. Essa estratégia era adotada para justificar o recebimento de dinheiro por serviços não executados.
No total, os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Araputanga, comandada pelo prefeito Joel Martins de Carvalho (PSB), em empresas e residências de pessoas que participaram das fraudes. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Cáceres.
Segundo a Polícia Federal, a operação teve início a partir de uma denúncia recebida na promotoria de Araputanga. Com as diligências realizadas nesta quinta-feira, a PF busca provas relacionadas aos crimes cometidos, além de apurar a participação de servidores públicos, contratados e empresários no esquema criminoso.
De acordo com as investigações realizadas até o momento, empresa de um servidor público foi subcontratada de forma ilegal por uma empresa vencedora de licitações no Município. A ação, segundo a PF, evidencia o direcionamento e o favorecimento pessoal dos envolvidos, além de demonstrar vínculos de intimidade entre os sócios das empresas vencedoras e os agentes públicos.
O principal investigado apadrinhava seus conhecidos em cargos-chave na prefeitura, que facilitava os delitos, beneficiando apadrinhados e terceiros em prejuízo de toda a comunidade. Por este motivo a operação foi batizada como Padrino.