Atendimentos eram duplicados por CPFs em unidades do Ganha Tempo

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+ Polícia
Terça, 01 Setembro 2020 | GazetaDigital
Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e fiscalização da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram várias práticas que indicam fraudes nos atendimentos realizados no Ganha Tempo, como por exemplo, atendimento para o mesmo CPF em duas unidades diferentes do Estado. Estima-se, inicialmente, que a fraude em 105 mil atendimentos fictícios causou um prejuízo de R$ 6.366,858,81 aos cofres públicos e que foram bloqueados da administração e do proprietário da concessionária do serviço.
De acordo com o delegado José Luiz Bruno, 19 mandados de busca e apreensão da Operação ‘Tempo é Dinheiro’ foram cumpridos em Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e São Paulo, endereços onde estão instalados os 7 Ganha Tempo de Mato Grosso, além de endereços da empresa Rio Verde, responsável pela administração.
“Quanto as práticas, existe um gama extensa. Posso citar por exemplo, a duplicação de CPF com vários atendimentos, o mesmo atendimento com o mesmo CPF na mesma unidade, atendimentos simultâneos com o mesmo CPF em outras unidades, atendimentos que ocorreram em menos de 30, 60 segundos”, ressaltou o delegado José Luiz.
Conforme ele, a CGE em seu relatório apontou que é ‘humanamente impossível’ fazer um atendimento nesse tempo. Então, são situação que levaram aos investigadores a acreditar na existência de várias práticas irregulares, com conduta criminal.
Estado prepara intervenção
Como os gerentes das unidades e os gestores da empresa foram afastados das funções pela Justiça, o Estado vai assumir a gestão do Ganha Tempo. Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra Guimarães dos Santos, contou que por ser uma situação repentina, o Estado ainda está preparando um plano de ação para assumir a administração do Ganha Tempo.
“Apesar de ser um contrato da nossa pasta, somos os gestores, a gestão não era nossa diretamente. Então, são 7 unidade que vão ficar sob os nossos cuidados. E há uma comoção social, já que é um espaço que atende à população e não podemos deixar que ela seja prejudicada”, explicou.
Sendo assim, os trabalhos no local continuam normalmente, especialmente com os serviços já ofertados pelos órgãos parceiros, como Politec, por exemplo, e também os prestadores de serviços que são terceirizados pela empresa, que continuam. Contrato assinado com a Rio Verde é de 2017.
Estima que, no período de março de 2018 e janeiro de 2020, as fraudes tenham gerado um prejuízo de R$ 6.366,858, 81 – podendo o valor ser outro, já que a investigação continua.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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