Cadeia de Barra será a primeira a ser abastecida por energia solar em MT
A cadeia pública de Barra do Bugres, localizada a 165 km da capital de Mato Grosso, Cuiabá, terá um sistema de geração de energia solar fotovoltaica. A medida foi anunciada no dia 31 de agosto pelo deputado estadual, Elizeu Nascimento (DC), que destinará R$ 170 mil de sua cota de emenda parlamentar individual para a implantação do sistema. O objetivo é tornar a unidade prisional autossuficiente energeticamente, gerando economia aos cofres públicos.
De acordo com a direção da unidade penitenciária, o projeto já estava no papel há mais de cinco anos. “Quando soube que o projeto estava parado por tanto tempo, imediatamente, me prontifiquei a destinar os recursos para a implementação do programa, que além de tornar a unidade prisional autossuficiente energeticamente, gerando economia aos cofres públicos, ainda trará outros benefícios para a sociedade mato-grossense e para o meio ambiente”, explicou Elizeu Nascimento.
A cadeia pública de Barra do Bugres abriga aproximadamente 280 detentos não só do município, mas também oriundos dos municípios de Porto Estrela, Nova Olímpia e Denise.
“Somos gratos à ação do deputado Elizeu Nascimento quer atendeu a nossa reivindicação, pois com a destinação dessa verba, a cadeia pública de Barra do Bugres se tornará a primeira do Estado de Mato Grosso a contar com energia solar”, comentou o diretor e idealizador do projeto de instalação de placas de energia solar fotovoltaica na unidade, Oto Rubens Wetterlein.
Além das placas, a unidade prisional também recebeu doação de madeiras. “Com a ajuda da mão de obra dos presos, haverá condições de produzir materiais de construção, móveis e outros objetos”, completou.
A iniciativa é novidade em Mato Grosso, mas em Minas Gerais, a Cemig anunciou no final do ano passado um investimento de R$ 8 milhões na geração de energia elétrica com matriz solar nas Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) em todo o estado. A implementação dos sistemas fotovoltaicos reduzirá gastos do Estado com energia em até 50% nas unidades até 2022.
A iniciativa é uma parceria entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que gere o sistema das Apacs, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O projeto faz parte do programa Cemig Cidadã, com o objetivo de levar energia fotovoltaica para 8,5 milhões de pessoas até 2022, com investimento total de R$ 457 milhões em implementação de painéis solares em hospitais, escolas e comunidades rurais.
A ideia é que o sistema fotovoltaico consiga suprir 75% da energia e os 25% restantes, pela entrada de luz solar através de telhados transparentes. Se houver excedente, será redirecionado para outras empresas, tornando-se fonte de renda para as casas prisionais.
