Esquema investigado teria movimentado ao menos R$ 37 milhões

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Sexta, 09 Novembro 2018 | DA REDAÇÃO
O esquema investigado na Operação Capitu, desdobramento da Lava-Jato, da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta sexta-feira (9), movimentou ao menos R$ 37 milhões dos cofres públicos, de acordo com informações preliminares.
Foram detidos o deputado federal eleito Neri Geller (PP), o dono da JBS, Joesley Batista, o vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), além de outras 7 pessoas. Eles são acusados de envolvimento em uma organização criminosa que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 
A PF instaurou o inquérito policial em maio deste ano, baseado em declarações prestadas por Lúcio Bolonha Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam no ministério em 2014 e 2015. 
o grupo dependia de normatizações e licenciamentos do Mapa e teria passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do ministério em troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado. 
Segundo informações da PF, o grupo teria financiado ilegalmente a campanha de um deputado federal para a presidência da Câmara dos Deputados em troca de interesses corporativos. O valor utilizado para o financiamento seria de R$ 30 milhões. 
Uma das maiores redes de supermercado do país também teria integrado a engrenagem de lavagem de dinheiro oriundo do esquema, repassando aos destinatários finais os valores ilícitos em dinheiro vivo e em contribuições “oficiais” de campanha.
 O total de doações “oficiais” feitas por empresas vinculadas e administradas por um empresário do ramo de supermercados nas eleições de 2014 totalizou quase R$ 8,5 milhões.   
Os envolvidos deverão ser indiciados pelos crimes de constituição e participação em organização criminosa, obstrução de justiça, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentre outros. Caso haja condenação, as penas máximas poderão variar entre 3 e 120 anos de prisão, proporcionalmente à participação de cada investigado. 
Lista de presos 
Antonio Andrade, vice-governador de Minas e ex-ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014        
 
Joesley Batista, dono da JBS        
 
Ricardo Saud, executivo da JBS      
 
Demilton de Castro, executivo da JBS        
 
João Magalhães, deputado estadual pelo MDB de MG        
 
Neri Geller, deputado eleito pelo PP de MT         
 
Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária         
 
Mateus de Moura Lima Gomes, advogado         
 
Mauro Luiz de Moura Araújo, advogado         
 
Ildeu da Cunha Pereira, advogado

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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