De dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, dois chefes de uma quadrilha de ataque a agências bancárias em Mato Grosso davam ordens e acompanhavam em tempo real os crimes por videochamadas no celular, segundo a Polícia Civil.
A organização criminosa foi alvo da ‘Operação Ômega 2’, deflagrada nesta sexta-feira (7), pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Mirassol D’Oeste, a 329 km da capital.
Na operação, a polícia prendeu três homens suspeitos de invadir uma agência bancária em Mirassol D'Oeste, a no dia 9 de fevereiro deste ano, e apreendeu um carro de luxo.
Segundo a polícia, o veículo tinha sido comprado com parte do dinheiro levado do banco. Na casa dos suspeitos, os policiais encontraram mais de R$ 5 mil, joias, celulares, um cofre e equipamentos que teriam usados para invadir a agência.
Os dois chefes da quadrilha, que estão presos na PCE, foram levados para a sede da GCCO para prestar depoimento.
Os celulares usados por eles e pelos demais membros do grupo foram apreendidos. A Justiça autorizou a análise do conteúdo dos aparelhos, que vão passar por uma perícia.
A suspeita da polícia é que o grupo tenha feito outros ataques a agências bancárias no estado. Os valores levados do banco em Mirassol D’Oeste não foram divulgados.
Eles devem responder por furto qualificado pelo uso de explosivos e formação de quadrilha e podem pegar de quatro a 18 anos de prisão.