O ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho foi transferido para o presídio federal de Mossoró (RN), na segunda-feira (6), depois de tentar fugir duas vezes da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Hércules foi condenado pela Justiça a cumprir mais de 160 anos de prisão por vários assassinatos, entre eles o do empresário Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, em 2002.
Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) creditou a transferência ao perfil e a periculosidade do preso.
O G1 tenta contato com a defesa de Hércules.
O ex-militar já havia cumprido parte da pena no presídio federal, mas tinha sido transferido para Cuiabá em março de 2018.
Nos últimos dois meses, o ex-militar tentou fugir duas vezes da PCE.
Na primeira tentativa, em fevereiro deste ano, os agentes identificaram que as grades da cela em Hércules estava foram serradas. Na ocasião, o preso ficou alterado e partiu para cima dos agentes penitenciários fazendo ameaças.
No mês seguinte, os agentes penitenciários encontraram as grades serradas na cela do raio 5. Hércules estava sozinho na cela. Depois da descoberta, ele foi transferido para outra cela da unidade prisional.
Além do assassinato de Sávio Brandão, Hércules Agostinho foi condenado por outros crimes, entre eles os assassinatos do empresário Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy, além da tentativa de assassinato do pintor Gisleno Fernandes, em junho de 2002, na capital. Na ocasião, Hércules confessou ter assassinado Brunini a mando do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.