A Justiça de Mato Grosso negou um habeas corpus e manteve a prisão de Eri Johnson Gonçalves do Nascimento, acusado de extorsão e receptação no município de Alta Floresta (800 KM de Cuiabá). Ele teria adquirido um celular furtado de uma mulher e, após verificar o aparelho da vítima, chantageou sua verdadeira proprietária para não compartilhar suas fotos íntimas – os famigerados “nudes”.
A decisão é da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-MT) e foi proferida em sessão de julgamento desta quarta-feira (15). Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do relator, o desembargador Juvenal Pereira da Silva.
De acordo com informações do processo, o homônimo do ator famoso está preso desde o dia 1º de fevereiro deste ano. Ele pediu o “relaxamento” de sua prisão preventiva, além da expedição de seu alvará de soltura.
O desembargador Juvenal Pereira da Silva, entretanto, explicou que não poderia conceder a liberdade ao preso em virtude de ameaças que teriam sido direcionadas tanto a dona do telefone celular quanto a sua família. “Nesse caso aqui diante da extorsão e pela forma, ameaçando as vítimas e os parentes, estou denegando a ordem”, resumiu Juvenal Pereira da Silva.
Em seu voto, o desembargador também revelou que interceptações telefônicas feitas pela Polícia foram realizadas para monitorar os contatos de Eri Johnson. Segundo as escutas, ele teria exigido R$ 10 mil da vítima para não compartilhar as fotos íntimas.