Juiz nega transferência de Arcanjo e "braço armado" para o CCC

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Terça, 25 Junho 2019 | MidiaNews
O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de transferência do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro e Noroel Braz da Costa Filho, apontados como líder e o "braço armado" da organização criminosa Colibri, investigada na Operação Mantus.
A decisão circula no Diário Oficial de Justiça desta segunda-feira (24).
A operação, deflagrada no dia 29 de maio, investigou dois grupos – Colibri e FMC Ello - que, segundo o inquérito, disputavam entre si o comando do jogo do bicho em Mato Grosso. Conforme a Polícia Civil, Arcanjo e Noroel fazem parte do grupo de 33 pessoas presas na Operação. 
Os dois foram encaminhados para a Penitenciária Central do Estado (PCE), local com maior superlotação do Estado, por não possuírem ensino superior.
Ao negar a transferência dos presos, o magistrado afirmou que não compete a ele determinar onde cada acusado deve ficar, mas à administração penitenciária conduzida pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).
“(...) Com essas considerações, indefiro o pedido de transferência formulado pelas defesas de Noroel Braz da Costa Filho e João Arcanjo Ribeiro, especialmente porque não cabe a este juízo interferir na administração penitenciária”, determinou o juiz. A ação corre em segredo de Justiça.
A defesa de Arcanjo pediu para ele fosse encaminhado para o Centro de Custódia da Capital (CCC), presídio conhecido por ser um local menos insalubre. No pedido, a defesa alegou que o bicheiro está em idade avançada - 67 anos - e é ex-policial civil, devendo, por isso, ficar no CCC. 
Por se tratar de um processo sigiloso, a reportagem não acesso ao teor do pedido de Noroel. Na investigação, ele é apontado pela Polícia Civil como quem exerceria a função de "braço armado" do grupo Grupo Colibri. Conforme as investigações, ele já "integraria o sistema há mais de 30 anos”.
Operação Mantus
O suposto grupo comandado por Arcanjo teria também como líder o genro do bicheiro, Giovanni Zem. A operação ainda atingiu outra suposta organização, que seria liderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho, a FMC Ello. 
Os dois grupos disputavam "acirradamente" o espaço do jogo do bicho no Estado, conforme a Polícia. 
Segundo o delegado Luiz Henrique Damasceno, a investigação começou em agosto de 2017, quando a Polícia Civil recebeu uma denúncia de um colaborador - que não quis se identificar - sobre a permanência e continuidade do jogo do bicho em Cuiabá. 
No total, a operação cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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